UNIDADE – II / 2º BIMESTRE
DISCIPLINA: HISTÓRIA
TURMAS: MANHÃ, TARDE E NOITE –
2013 / E.E.E.M. SÃO JOSÉ
TURMAS: 2° ANO
PROFESSOR: MÁRCIO RUBENS*
*Licenciado Pleno e Bacharel em
História pela UFPA / Belém – Pará. Atualmente é Professor da Rede Pública Estadual de Ensino e
também da Rede Pública de Ensino
do Município de Óbidos.
E-mail:
rubensgoms@hotmail.com
ANTIGO REGIME
Por Antonio Gasparetto Junior
Antigo
Regime refere-se ao sistema político e social que foi
estabelecido na França a partir do final da Idade Média.
As origens do Antigo
Regime estão ainda no final do período Medieval, quando começaram a se
formar Estados Nacionais. Na transição
da Idade Média para a Idade Moderna, as monarquias que se colocavam no domínio
político dos nascentes Estados cooptaram a nobreza para integrar o corpo
aristocrático que incluía ainda o clero. Com o estabelecimento do absolutismo
se consolidou também o Antigo Regime.
A França é
o país que identifica o sistema com mais exatidão, até porque o termo foi cunhado
justamente para simbolizar a situação política e social que ocorria na França
até a Revolução Francesa. Neste país estruturou-se claramente um sistema que
dividia a sociedade em três estados. O primeiro deles representava o clero, o
qual tinha grande poder na época em função das crenças religiosas que atribuíam
à Igreja a capacidade de saber e lidar com tudo.
O segundo estado
era representado pela nobreza, que na prática nada fazia de produtivo para a
França. Vivia da renda auferida da máxima exploração possível sobre os
camponeses e desfrutavam dos luxos proporcionados pela aristocracia francesa.
Já o terceiro estado representava o grosso da população francesa, incluía os
camponeses e os burgueses e era quem pagava os impostos para sustentar a
máquina estatal e quem realmente trabalhava para gerar os lucros da nobreza.
Acima de todos eles estava a figura absolutista do monarca que comandava todo o
sistema.
Com base em uma
sociedade altamente estatizada, o Antigo Regime possuía suas características
econômicas, sociais e políticas. Economicamente, o sistema se baseava na
propriedade de terra, de onde vinha a produção francesa. Os camponeses eram os
trabalhadores na terra, tendo seu trabalho explorado em prol do sustento da
nobreza. Constituía-se no capitalismo comercial. Socialmente, havia uma grande
e rígida divisão do Estado. A maioria da população era incapacitada de melhorar
suas condições de vida, oprimidas pelo sistema. E politicamente, uma monarquia
absolutista desfrutava de uma série de privilégios e autoridade considerada
divina.
A partir do século
XVII, algumas modificações sociais e econômicas começaram a ocorrer na Europa
Ocidental que fragmentaram o Antigo Regime. Na França, foi principalmente o
pensamento iluminista que serviu de base para o questionamento do sistema,
propagando novos ideais na população. Simultaneamente, emergia também o
pensamento liberal que pregava mudanças na forma da economia e na lógica do
homem como ser econômico e social. Assim, a defesa pelo fim do intervencionismo
do Estado na economia e pela democracia ganharam espaço na França. A Revolução
Industrial iniciada pela Inglaterra mostrou ao mundo Ocidental novas realidades
produtivos e determinou a ascensão de uma nova classe social, a burguesia.
O conceito de Antigo
Regime, embora muito característico da situação francesa, pode ser aplicado
aos vários reinos da Europa Ocidental que formaram Estados Nacionais
Absolutistas. O marco da queda do Antigo Regime foi a Revolução Francesa,
iniciada em 1789, que derrubou o regime monárquico, acabou com a divisão em
estados na sociedade e propagou os ideais democráticos e liberais através do
lema do evento, Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A Revolução Francesa
determinou a ascensão da burguesia da França, levando o país a uma democracia
capitalista que iria se desenvolver no próximo século.
Fontes: http://www.infoescola.com/historia/antigo-regime/TOCQUEVILLE,
Alexis (1856) L'ancien régime et la Révolution.
http://www.algosobre.com.br/historia/iluminismo-a-critica-ao-antigo-regime.html
http://www.professorreinaldo.com.br/arquivos/antigo_regime.pdf
http://www.algosobre.com.br/historia/iluminismo-a-critica-ao-antigo-regime.html
http://www.professorreinaldo.com.br/arquivos/antigo_regime.pdf
Disponível
em: www.marciorubensgomes.blogspot.com
REVOLUÇÃO INGLESA
A Revolução
Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação de crise do sistema
da época moderna, identificado com o absolutismo. O poder monárquico,
severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e
instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje. O processo que
começou com a Revolução Puritana de 1640 e terminou com a Revolução Gloriosa de
1688.
As duas fazem parte de um mesmo processo revolucionário, daí a denominação de Revolução Inglesa do século XVII e não Revoluções Inglesas. Esse movimento revolucionário criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do século XVIII, abrindo espaço para o avanço do capitalismo. Deve ser considerada a primeira revolução burguesa da história da Europa no qual antecipou em 150 anos a Revolução Francesa.
As duas fazem parte de um mesmo processo revolucionário, daí a denominação de Revolução Inglesa do século XVII e não Revoluções Inglesas. Esse movimento revolucionário criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do século XVIII, abrindo espaço para o avanço do capitalismo. Deve ser considerada a primeira revolução burguesa da história da Europa no qual antecipou em 150 anos a Revolução Francesa.
A Vida
Social Antes da Revolução Inglesa
Com a Dinastia
Tudor, a Inglaterra teve muitas conquistas, que serviram de base para o
desenvolvimento econômico do país. Os governos de Henrique VIII e de sua filha
Elisabeth I trouxeram à unificação do país, o afastamento do Papa além de
confiscar os bens da Igreja Católica, e ao mesmo tempo criar o
anglicanismo, e entrar na disputa por colônias com os espanhóis.
Foram com esses monarcas que também ocorreu à formação de monopólios comerciais, como a Companhia das Índias Orientais e dos Mercadores Aventureiros. Isto serviu para impedir a livre concorrência, embora essa ação tenha sufocado alguns setores da burguesia. Então, resultou na divisão da burguesia de um lado, os grandes comerciantes que gostaram da política de monopólio, e de outro a pequena burguesia que queria a livre concorrência.
Outro problema era a detenção de privilégios nas mãos das corporações de ofício. Uma outra situação problemática era na zona rural, com a alta dos produtos agrícolas as terras foram valorizadas. Isso gerou os cercamentos, isto é, os grandes proprietários rurais queriam aumentar suas terras expropriando as terras coletivas, transformando-as em particulares. O resultado foi à expulsão de camponeses do campo e a criação de grandes propriedades para a criação de ovelhas e para a produção de lã, condições imprescindíveis para a Revolução Industrial.
Para não deixar o conflito entre camponeses e grandes proprietários aumentar o governo tentou impedir os cercamentos. Claro que com essa ação a nobreza rural, Gentry (a nobreza progressista rural), e a burguesia mercantil foram fortes oponentes.
Foram com esses monarcas que também ocorreu à formação de monopólios comerciais, como a Companhia das Índias Orientais e dos Mercadores Aventureiros. Isto serviu para impedir a livre concorrência, embora essa ação tenha sufocado alguns setores da burguesia. Então, resultou na divisão da burguesia de um lado, os grandes comerciantes que gostaram da política de monopólio, e de outro a pequena burguesia que queria a livre concorrência.
Outro problema era a detenção de privilégios nas mãos das corporações de ofício. Uma outra situação problemática era na zona rural, com a alta dos produtos agrícolas as terras foram valorizadas. Isso gerou os cercamentos, isto é, os grandes proprietários rurais queriam aumentar suas terras expropriando as terras coletivas, transformando-as em particulares. O resultado foi à expulsão de camponeses do campo e a criação de grandes propriedades para a criação de ovelhas e para a produção de lã, condições imprescindíveis para a Revolução Industrial.
Para não deixar o conflito entre camponeses e grandes proprietários aumentar o governo tentou impedir os cercamentos. Claro que com essa ação a nobreza rural, Gentry (a nobreza progressista rural), e a burguesia mercantil foram fortes oponentes.
Para Entender a Revolução Inglesa
Dinastia
Stuart
Esta dinastia iniciou-se após a morte da rainha
Elisabeth I, em 1603 que ao morrer sem deixar herdeiros, promoveu o início da
Dinastia Stuart.
JAIME I, rei da
Escócia (1603-1625). Dissolveu o parlamento várias vezes e quis implantar uma
monarquia absolutista baseada no direito divino, perseguiu os católicos e
seitas menores, sob o pretexto que os mesmos estavam organizando a Conspiração
da Pólvora (eliminar o Rei), em 1605. Muitos que ficaram descontentes
começaram a ir para a América do Norte. Os atritos entre o Rei e o
Parlamento ficaram fortes e intensos, principalmente depois de 1610. Em 1625,
houve a morte de Jaime I e seu filho Carlos I, assumiu o poder.
CARLOS I, sucessor de Jaime I (1625- 1648). Tentou continuar uma política absolutista, e estabelecer novos impostos no qual foi impedido pelo parlamento. Em 1628, com tantas guerras, o rei viu-se obrigado a convocar o parlamento, este sujeitou o rei ao juramento da “Petição dos Direitos” (2º Carta Magna inglesa) garantia a população contra os tributos e detenções ilegais. O parlamento queria o controle da política financeira e do exército, além de regularizar a convocação do parlamento. A resposta real foi bem clara, a dissolução do parlamento que voltaria a ser convocado em 1640. O rei Carlos I governou sem parlamento, mas ele buscou o apoio da Câmara Estrelada, uma espécie de tribunal ligado ao Conselho Privado do Rei. Também tentou impor a religião anglicana aos calvinistas escoceses (presbiterianos). Isso gerou rebeliões por parte dos escoceses que invadiram o norte da Inglaterra. Com isso o rei viu-se obrigado a reabrir o parlamento em abril de 1640 para obter ajuda da burguesia e da Gentry. Mas o parlamento tinha mais interesse no combate ao absolutismo. Por isso, foi fechado novamente. Em novembro do mesmo ano foi convocado de novo. Desta vez ficou como o longo parlamento, que se manteve até 1653.
CARLOS I, sucessor de Jaime I (1625- 1648). Tentou continuar uma política absolutista, e estabelecer novos impostos no qual foi impedido pelo parlamento. Em 1628, com tantas guerras, o rei viu-se obrigado a convocar o parlamento, este sujeitou o rei ao juramento da “Petição dos Direitos” (2º Carta Magna inglesa) garantia a população contra os tributos e detenções ilegais. O parlamento queria o controle da política financeira e do exército, além de regularizar a convocação do parlamento. A resposta real foi bem clara, a dissolução do parlamento que voltaria a ser convocado em 1640. O rei Carlos I governou sem parlamento, mas ele buscou o apoio da Câmara Estrelada, uma espécie de tribunal ligado ao Conselho Privado do Rei. Também tentou impor a religião anglicana aos calvinistas escoceses (presbiterianos). Isso gerou rebeliões por parte dos escoceses que invadiram o norte da Inglaterra. Com isso o rei viu-se obrigado a reabrir o parlamento em abril de 1640 para obter ajuda da burguesia e da Gentry. Mas o parlamento tinha mais interesse no combate ao absolutismo. Por isso, foi fechado novamente. Em novembro do mesmo ano foi convocado de novo. Desta vez ficou como o longo parlamento, que se manteve até 1653.
A Guerra Civil (1641-1649)
A guerra civil
inglesa estendeu-se de 1641 a 1649, dividiu o país e foi um marco importante na
Revolução Inglesa. De um lado havia os cavaleiros, o exército fiel ao
rei e apoiado pelos senhores feudais. Do outro, os cabeças-redondas, visto que
não usavam perucas e estavam ligados a gentry, eram forças que apoiavam o
parlamento. Em 1641, começava a guerra civil o rei teve o apoio dos
aristocratas do oeste e do norte, juntamente com uma parte
dos ricos
burgueses, que estavam preocupados com as agitações sociais.
Em contra partida o exército do parlamento foi comandado por Oliver Cromwell, formado por camponeses, burgueses de Londres e a gentry. Os Cabeças Redondas derrotaram os Cavaleiros na Batalha de Naseby em 1645. Carlos I perdeu a guerra e fugiu para a Escócia, lá ele foi preso e vendido para o parlamento inglês, este mandou executar o rei. Ao tomar esta decisão a sociedade representada pelo parlamento rompia com a idéia da origem divina do rei e de sua incontestável autoridade. Assim, a guerra civil fomentou novas idéias lançando as bases políticas do mundo contemporâneo.
Em contra partida o exército do parlamento foi comandado por Oliver Cromwell, formado por camponeses, burgueses de Londres e a gentry. Os Cabeças Redondas derrotaram os Cavaleiros na Batalha de Naseby em 1645. Carlos I perdeu a guerra e fugiu para a Escócia, lá ele foi preso e vendido para o parlamento inglês, este mandou executar o rei. Ao tomar esta decisão a sociedade representada pelo parlamento rompia com a idéia da origem divina do rei e de sua incontestável autoridade. Assim, a guerra civil fomentou novas idéias lançando as bases políticas do mundo contemporâneo.
A Revolução Puritana (1649-1658)
O governo de
Oliver Cromwell atendia os interesses burgueses. Quando começou a haver
rebeliões na Escócia e na Irlanda, ele as reprimiu com brutalidade. Oliver
procurou eliminar a reação monarquista. Fez uma “limpeza” no exército. Executou
os líderes escavadores (estes eram trabalhadores rurais que queriam tomar
terras do estado, nobreza e clero). Com tantas execuções os menos favorecidos
ficaram a “mercê da sorte” e acabaram por entrar em movimentos religiosos
radicais.
Uma medida para
combater os holandeses e fortalecer o comércio foi os Atos de Navegação. Essa
lei resumia-se no seguinte: o comércio com a Inglaterra só poderia ser feito
por navios ingleses ou dos países que faziam negócios
com a Inglaterra.
Em 1653, Oliver autonomeou-se Lorde Protetor da República, seus poderes eram tão absolutos quanto de um rei. Mas ele recusou-se a usar uma coroa. Embora na prática agisse como um soberano. Com apoio dos militares e burgueses, impôs a ditadura puritana, governando com rigidez e intolerância, e com ideias puritanas. Ele morreu em 1658 e seu filho Richard Cromwell assumiu o poder. Mas este logo foi deposto em 1659.
Em 1653, Oliver autonomeou-se Lorde Protetor da República, seus poderes eram tão absolutos quanto de um rei. Mas ele recusou-se a usar uma coroa. Embora na prática agisse como um soberano. Com apoio dos militares e burgueses, impôs a ditadura puritana, governando com rigidez e intolerância, e com ideias puritanas. Ele morreu em 1658 e seu filho Richard Cromwell assumiu o poder. Mas este logo foi deposto em 1659.
A Volta dos
Stuart e a Revolução Gloriosa (1660 -1688)
Carlos II, (1660 – 1685) da família Stuart, é
proclamado rei da Inglaterra com poderes limitados. Por isso ele estreitou
ligações com o rei francês Luís XIV, isto logo manchou sua reputação com o
parlamento. Carlos II baixou novos Atos de Navegação favoráveis ao comércio
inglês. Envolveu-se na guerra contra a Holanda. Em 1673, o parlamento aprovou a
lei do teste: todo o funcionário público deveria professar o anticatolicismo.
Com essas atitudes o parlamento ficou dividido em dois grupos: os whigs, que
eram contra o rei e favoráveis às mudanças revolucionárias além de serem
ligados a burguesia, e os tories que eram defensores feudais e ligados à antiga
aristocracia feudal.
Jaime II (1685 – 1688) com a morte de Carlos II, seu irmão Jaime II assume o governo. Este tomou medidas drásticas, quis restaurar o absolutismo, o catolicismo, também punia os revoltosos com a negação do hábeas corpus, proteção a prisão sem motivo legal, o parlamento não tolerou esse comportamento e convocou Maria Stuart, filha de Jaime II e esposa de Guilherme de Orange, para ser a rainha, com isso o rei foge para a França e Maria Stuart e seu esposo tornaram-se monarcas ingleses. Este assinou a Declaração dos Direitos (o rei não podia cancelar as leis parlamentares; o reino poderia ser entregue a quem o parlamento quisesse, após a morte do rei; inspetores controlariam as contas reais; e o rei não deveria manter um exército em épocas de paz), o qual concedia amplos poderes ao Parlamento. Esta foi à Revolução Gloriosa.
por: Prof. Anderson Pereira
Jaime II (1685 – 1688) com a morte de Carlos II, seu irmão Jaime II assume o governo. Este tomou medidas drásticas, quis restaurar o absolutismo, o catolicismo, também punia os revoltosos com a negação do hábeas corpus, proteção a prisão sem motivo legal, o parlamento não tolerou esse comportamento e convocou Maria Stuart, filha de Jaime II e esposa de Guilherme de Orange, para ser a rainha, com isso o rei foge para a França e Maria Stuart e seu esposo tornaram-se monarcas ingleses. Este assinou a Declaração dos Direitos (o rei não podia cancelar as leis parlamentares; o reino poderia ser entregue a quem o parlamento quisesse, após a morte do rei; inspetores controlariam as contas reais; e o rei não deveria manter um exército em épocas de paz), o qual concedia amplos poderes ao Parlamento. Esta foi à Revolução Gloriosa.
por: Prof. Anderson Pereira
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O Iluminismo
História
do Iluminismo, o pensamento no Século das Luzes, critica ao absolutismo,
pensadores iluministas, Rousseau, Montesquieu, Voltaire, Locke, Diderot e
D'Alembert, ideias dos principais filósofos, filosofia e política nos séculos
XVII e XVIII.
Jean Jacques Rousseau um dos principais filósofos
do iluminismo
Introdução
Este movimento
surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão
teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos
iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas
em que se encontrava a sociedade.
Os ideais
iluministas
Os pensadores que
defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado
adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles,
bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar
respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela
fé.
Século das Luzes
A apogeu deste
movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o
Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a
Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade.
Também teve influência em outros movimentos sociais como na inconfidência das colônias
inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no
Brasil.
Para os filósofos
iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade
com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma
sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria
alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso,
contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos
privilégios dados a nobreza e ao clero.
Os burgueses foram
os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que
possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua forma
participação limitada. Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava na França,
e, nesta forma de governo, o rei detinha todos os poderes. Uma outra forma de
impedimento aos burgueses eram as práticas mercantilistas, onde, o governo
interferia ainda nas questões econômicas.
No Antigo Regime,
a sociedade era dividida da seguinte forma: Em primeiro lugar vinha o clero, em
segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do
campo. Com o fim deste poder, os burgueses tiveram liberdade comercial para
ampliar significativamente seus negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo,
foram tirados não só os privilégios de poucos (clero e nobreza), como também,
as práticas mercantilistas que impediam a expansão comercial para a classe
burguesa.
Principais
filósofos iluministas
Os principais
filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o
homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; Voltaire
(1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a
intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a ideia
de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu (1689-1755),
ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e
Judiciário; Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783),
juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos
filosóficos da época.
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Despotismo Esclarecido
Por Thais
Pacievitch
O despotismo
esclarecido foi uma forma de governo adotada pelos Reis, no
século XVII, como uma alternativa para a Monarquia Absolutista que estava em
crise, devido às ideias Iluministas.
Até então, acreditava-se que o monarca era
escolhido por Deus. Sem serem questionados, os monarcas exerciam seu poder de
forma centralizada, absoluta. No entanto, desde o século XVII as ideias dos
filósofos iluministas ganhavam espaço por toda a Europa. O Iluminismo foi um
movimento filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o
uso da razão sobre a visão teocêntrica que vigorou por toda a Idade Média. De
acordo com a divisão da sociedade naquela época, pode-se dizer que o Iluminismo
foi um movimento iniciado pela burguesia.
Alguns monarcas sofreram influências das ideias
iluministas, e realizaram algumas reformas em seus reinos, reformas estas que
contribuíram para o desenvolvimento de suas nações. Esses monarcas ficaram
conhecidos como Déspotas Esclarecidos, ou seja, como Reis Absolutos Iluminados.
Os principais déspotas esclarecidos foram:
• Catarina II da Rússia – a partir das ideias
iluministas, sobretudo de Voltaire e D’Alembert, a imperatriz limitou a
interferência da igreja, pois passou a aceitar todas as crenças religiosas;
construiu escolas e modernizou a administração, assim como reformou algumas
cidades. O filósofo iluminista Diderot esteve na Rússia, a convite de Catarina
II.
• José II, da Áustria – Apesar de não ter se
aproximado dos filósofos iluministas, provavelmente por ser católico, José II
realizou grandes reformas a partir das ideias iluministas na Áustria. Aboliu a
tortura e a servidão, passou a cobrar impostos do clero e da nobreza, antes
poupados, fundou escolas, construiu hospitais, reformou a legislação e permitiu
todas as crenças religiosas.
• Frederico II da Prússia: Foi o monarca mais
próximo dos filósofos iluministas, tendo inclusive, os acolhido quando os
mesmos sofreram perseguições na França. Frederico II aboliu as torturas, fundou
escolas, reformulou o sistema penal passou a aceitar todas as crenças
religiosas.
• Marquês de Pombal – Não era um monarca, e
sim um conde português, ministro do Rei D. José, de Portugal. Pombal expulsou
os jesuítas das terras portuguesas (Portugal e suas colônias) e reformou a
estrutura administrativa (educacional, econômica, social e do exército),
desenvolvendo, dessa forma, o comércio colonial.
As ideias iluministas adotadas pelos Déspotas
Esclarecidos foram somente aquelas que não prejudicavam a manutenção da forma
de governo que os mantinha, ou seja, que não eram contra a Monarquia
Absolutista.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A
Revolução industrial
foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX.
A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho
artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.
Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o trabalhador.
O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação passando a executar apenas uma etapa.
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.
Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o trabalhador.
O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação passando a executar apenas uma etapa.
Ø A Primeira etapa da
Revolução Industrial
Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.
Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.
Ø A Segunda Etapa da
Revolução Industrial
A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.
A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.
Ø A Terceira Etapa da
Revolução Industrial
Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das inovações dessa época.
Fonte: http://www.sohistoria.com.br/resumos/revolucaoindustrial.phpAlguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das inovações dessa época.
Disponível em: www.marciorubensgomes.blogspot.com
A INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
Boston
Tea Party: ensaio do processo de independência dos EUA.
No século XVIII, observamos o processo de
crise das monarquias absolutistas, sinalizando o fim de um período chamado
pelos liberais de Antigo Regime. Combatendo os princípios religiosos,
filosóficos e políticos que fundamentavam a definição de um poder centralizado
e a manutenção de certas práticas feudais, as revoluções burguesas sinalizavam
a criação de uma nova forma de poder estabelecido.
De acordo com a historiografia, a primeira experiência revolucionária a defender as ideias iluministas e reivindicar o fim da opressão monárquica, ocorreu no território das Treze Colônias inglesas. De posse da Coroa Britânica, as Treze Colônias desenvolveram certas peculiaridades econômicas, políticas e culturais. Sem contar com um modelo homogêneo de exploração colonial, os habitantes dessa região tinham uma relação diferente com sua metrópole.
Conhecida como “negligência salutar”, a liberdade concedida pelo governo britânico aos colonos norte-americanos foi responsável pelo florescimento de um espírito autônomo e a consolidação de diferentes formas de exploração do território. Ao sul, a economia baseada na plantation de exportação sustentada pelo trabalho escravo fazia contraste com as pequenas propriedades e as atividades comerciais empreendidas pelos colonos do norte.
Ao longo do século XVII, o envolvimento da Inglaterra em guerras pela Europa tornou-se um dos grandes fatores explicativos de toda liberdade política e econômica concedida às Treze Colônias. Entre os conflitos em que a Inglaterra se envolveu, a Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763) foi responsável pelo esvaziamento dos cofres públicos do país. Buscando sanar suas contas, a Inglaterra resolveu enrijecer suas relações com as colônias.
Em 1764, a chamada Lei do Açúcar obrigava os colonos a pagar uma taxa adicional sob qualquer carregamento de açúcar que não pertencesse às colônias britânicas. Com tal exigência, a autonomia econômica dos colonos começava a ser ameaçada. No ano seguinte, a Lei do Selo exigia a compra de um selo presente em todos os documentos que circulassem pelo território. Já em 1773, a Lei do Chá obrigava a colônia a consumir somente o chá oriundo das embarcações britânicas.
Inconformados com tais desmandos e inspirados pelos escritos dos pensadores John Locke e Thomas Paine – francos opositores da dominação colonial – os colonos norte-americanos começaram a se opor à presença britânica nas Treze Colônias. Em dezembro de 1773, organizaram uma revolta contra o monopólio do chá que ficou conhecida como Boston Tea Party. Intransigente aos protestos coloniais, a Inglaterra decidiu fechar o porto de Boston (local da revolta) e impor as chamadas Leis Intoleráveis.
De acordo com a historiografia, a primeira experiência revolucionária a defender as ideias iluministas e reivindicar o fim da opressão monárquica, ocorreu no território das Treze Colônias inglesas. De posse da Coroa Britânica, as Treze Colônias desenvolveram certas peculiaridades econômicas, políticas e culturais. Sem contar com um modelo homogêneo de exploração colonial, os habitantes dessa região tinham uma relação diferente com sua metrópole.
Conhecida como “negligência salutar”, a liberdade concedida pelo governo britânico aos colonos norte-americanos foi responsável pelo florescimento de um espírito autônomo e a consolidação de diferentes formas de exploração do território. Ao sul, a economia baseada na plantation de exportação sustentada pelo trabalho escravo fazia contraste com as pequenas propriedades e as atividades comerciais empreendidas pelos colonos do norte.
Ao longo do século XVII, o envolvimento da Inglaterra em guerras pela Europa tornou-se um dos grandes fatores explicativos de toda liberdade política e econômica concedida às Treze Colônias. Entre os conflitos em que a Inglaterra se envolveu, a Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763) foi responsável pelo esvaziamento dos cofres públicos do país. Buscando sanar suas contas, a Inglaterra resolveu enrijecer suas relações com as colônias.
Em 1764, a chamada Lei do Açúcar obrigava os colonos a pagar uma taxa adicional sob qualquer carregamento de açúcar que não pertencesse às colônias britânicas. Com tal exigência, a autonomia econômica dos colonos começava a ser ameaçada. No ano seguinte, a Lei do Selo exigia a compra de um selo presente em todos os documentos que circulassem pelo território. Já em 1773, a Lei do Chá obrigava a colônia a consumir somente o chá oriundo das embarcações britânicas.
Inconformados com tais desmandos e inspirados pelos escritos dos pensadores John Locke e Thomas Paine – francos opositores da dominação colonial – os colonos norte-americanos começaram a se opor à presença britânica nas Treze Colônias. Em dezembro de 1773, organizaram uma revolta contra o monopólio do chá que ficou conhecida como Boston Tea Party. Intransigente aos protestos coloniais, a Inglaterra decidiu fechar o porto de Boston (local da revolta) e impor as chamadas Leis Intoleráveis.
No ano seguinte, reunidos no Primeiro
Congresso da Filadélfia, os colonos redigiram um documento exigindo o fim das
exigências metropolitanas. No Segundo Congresso da Filadélfia, ocorrido em 4 de
julho de 1776, os colonos resolveram romper definitivamente com a Inglaterra, proclamando
a sua Independência.
Não reconhecendo as resoluções do Congresso da Filadélfia, a Inglaterra entrou em conflito contras as 13 colônias. Esses confrontos marcaram a chamada Guerra de Independência das Treze colônias. Apoiados pelos franceses, inimigos históricos da Inglaterra, as Treze Colônias venceram a guerra, tendo sua independência reconhecida em 1783.
Adotando um sistema político republicano e federalista, os Estados Unidos promulgaram sua carta constitucional em 1787. Os ideais de liberdade e prosperidade defendidos pelos fundadores da república norte-americana não refletiam a situação dispares dos estados do Norte e do Sul. Tais diferenças acabaram por promover um conflito interno, que ficou conhecido como Guerra de Secessão.
Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/independencia-estados-unidos.htmNão reconhecendo as resoluções do Congresso da Filadélfia, a Inglaterra entrou em conflito contras as 13 colônias. Esses confrontos marcaram a chamada Guerra de Independência das Treze colônias. Apoiados pelos franceses, inimigos históricos da Inglaterra, as Treze Colônias venceram a guerra, tendo sua independência reconhecida em 1783.
Adotando um sistema político republicano e federalista, os Estados Unidos promulgaram sua carta constitucional em 1787. Os ideais de liberdade e prosperidade defendidos pelos fundadores da república norte-americana não refletiam a situação dispares dos estados do Norte e do Sul. Tais diferenças acabaram por promover um conflito interno, que ficou conhecido como Guerra de Secessão.
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REVOLUÇÃO FRANCESA
A Revolução Francesa marca o início da Idade Contemporânea.
Por Cristiana Gomes
Pode se dizer que
a Revolução Francesa teve relevante papel nas bases da sociedade de uma
época, além de ter sido um marco divisório da história dando início à idade
contemporânea.
Foi um
acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários movimentos ao
redor do mundo, dentre eles, a nossa Inconfidência Mineira.
Esse movimento
teve a participação de vários grupos sociais: pobres, desempregados, pequenos
comerciantes, camponeses (estes tinham que pagar tributos à nobreza e ao clero).
Em 1789, a
população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero
(1º estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).
Clero
- Alto clero (bispos, abades e cônicos)
- Baixo clero (sacerdotes pobres)
- Alto clero (bispos, abades e cônicos)
- Baixo clero (sacerdotes pobres)
Nobreza
- Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)
- Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)
- Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)
- Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)
- Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)
- Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)
Povo
- Camponeses
- Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)
- Média burguesia (profissionais liberais)
- Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)
- Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este nome porque não usavam os calções curtos com meias típicas da nobreza.
- Camponeses
- Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)
- Média burguesia (profissionais liberais)
- Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)
- Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este nome porque não usavam os calções curtos com meias típicas da nobreza.
O clero e a
nobreza tinham vários privilégios: não pagavam impostos, recebiam pensões do
estado e podiam exercer cargos públicos.
O povo tinha que
arcar com todas as despesas do 1º e 2º estado. Com o passar do tempo e
influenciados pelos ideais do Iluminismo, o 3º estado começou a se
revoltar e a lutar pela igualdade de todos perante a lei. Pretendiam combater,
dentre outras coisas, o absolutismo monárquico e
os privilégios da nobreza e do clero.
A economia
francesa passava por uma crise, mais da metade da população trabalhava no
campo, porém, vários fatores ( clima, secas e inundações), pioravam ainda mais
a situação da agricultura fazendo com que os preços subissem, e nas cidades e
no campo, a população sofria com a fome e a miséria.
Além da
agricultura, a indústria têxtil também passava por dificuldades por causa da
concorrência com os tecidos ingleses que chegavam do mercado interno francês.
Como consequência, vários trabalhadores ficaram desempregados e a sociedade
teve o seu número de famintos e marginalizados elevados.
Toda esta situação
fazia com que a burguesia (ligada à manufatura e ao comércio) ficasse cada vez
mais infeliz. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVI resolveu cobrar
tributos ao povo (3º estado), em vez de fazer cobranças ao clero e a nobreza.
Sentindo que seus
privilégios estavam ameaçados, o 1º e 2º estado se revoltaram e pressionaram o
rei para convocar a Assembleia dos Estados Gerais que ajudaria a obrigar
o povo a assumir os tributos.
OBS: A Assembleia
dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por integrantes dos
três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado, como clero e
nobreza estavam sempre unidos, isso sempre somava dois votos contra um do povo.
Essa atitude
prejudicou a nobreza que não tinha consciência do poder do povo e também porque
as eleições para escolha dos deputados ocorreram em um momento favorável aos
objetivos do 3º estado, já que este vivia na miséria e o momento atual do país
era de crise econômica, fome e desemprego.
Em maio de 1789,
após a reunião da Assembleia no palácio de Versalhes, surgiu o conflito
entre os privilegiados (clero e nobreza) e o povo.
A nobreza e o
clero, perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois primeiros estados
juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por ordem social. O
povo (que levava vantagem) queria que o voto fosse individual.
Para que isso
acontecesse, seria necessário uma alteração na constituição, mas a nobreza e o
clero não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º estado se
revoltasse e saísse dos Estados Gerais.
Fora dos Estados
Gerais, eles se reuniram e formaram a Assembleia Nacional Constituinte.
O rei Luís XVI
tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das ruas. O slogan
dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Em 14 de julho de
1789 os parisienses invadiram e tomaram a Bastilha
(prisão) que representava o poder absoluto do rei, já que era lá que ficavam os
inimigos políticos dele. Esse episódio ficou conhecido como "A queda da
Bastilha".
O rei já não tinha
mais como controlar a fúria popular e tomou algumas precauções para acalmar o
povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza: o regime feudal sobre os
camponeses foi abolido e os privilégios tributários do clero e da nobreza
acabaram.
No dia 26 de
agosto de 1789 a Assembleia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão, cujos principais pontos eram:
- O respeito pela dignidade das pessoas
- Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei
- Direito à propriedade individual
- Direito de resistência à opressão política
- Liberdade de pensamento e opinião
- Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei
- Direito à propriedade individual
- Direito de resistência à opressão política
- Liberdade de pensamento e opinião
Em 1790, a Assembleia
Constituinte reduziu o poder do clero confiscando diversas terras da
Igreja e pôs o clero sob a autoridade do Estado. Essa medida foi feita através
de um documento chamado “Constituição Civil do Clero”. Porém, o Papa não
aceitou essa determinação.
Sobraram duas
alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei.
1ª) Sair da França
2º) Lutar contra a revolução
2º) Lutar contra a revolução
Muitos concordaram
com essa lei para poder permanecer no país, mas os insatisfeitos fugiram da
França e no exterior decidiram se unir e formar um exército para reagir à
revolução.
Em 1791, foi
concluída a constituição feita pelos membros da Assembleia Constituinte.
Principais tópicos dessa constituição
- Igualdade jurídica entre os indivíduos
- Fim dos privilégios do clero e nobreza
- Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado)
- Proibição de greves
- Liberdade de crença
- Separação do estado da Igreja
- Nacionalização dos bens do clero
- Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário)
- Igualdade jurídica entre os indivíduos
- Fim dos privilégios do clero e nobreza
- Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado)
- Proibição de greves
- Liberdade de crença
- Separação do estado da Igreja
- Nacionalização dos bens do clero
- Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário)
O rei Luís XVI não
aceitou a perda do poder e passou a conspirar contra a revolução, para isso
contatava nobres emigrados e monarcas da Áustria e Prússia (que também se
sentiam ameaçados). O objetivo dos contrarrevolucionários era organizar um
exército que invadisse a França e restabelecesse a monarquia absoluta (veja Absolutismo
na França).
Em 1791, Luís XVI
quis se unir aos contrarrevolucionários e fugiu da França, mas foi reconhecido,
capturado, preso e mantido sob vigilância.
Em 1792, o
exército austro-prussiano invadiu a França, mas foi derrotado pelas tropas
francesas na Batalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aos revolucionários
franceses e tal fato levou os líderes da burguesia decidir proclamar a
República (22 de setembro de 1792).
Com a proclamação,
a Assembléia Constituinte foi substituída pela Convenção Nacional que
tinha como uma das missões elaborar uma nova constituição para a França.
Nessa época, as forças políticas que mais se
destacavam eram as seguintes:
- Girondinos: alta burguesia
- Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais e defendiam os interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, pregavam a condenação à morte do rei.
- Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder.
- Girondinos: alta burguesia
- Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais e defendiam os interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, pregavam a condenação à morte do rei.
- Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder.
Mesmo com o apoio
dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793. A morte
do rei trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização
das forças absolutistas estrangeiras.
Foram criados o Comitê
de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela
morte na guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa
revolucionária).
Esse período ficou
conhecido como “Terror”, ou "Grande Medo", pois os
não-jacobinos tinham medo de perder suas cabeças.
Começa uma
ditadura jacobina, liderada por Robespierre. Durante seu governo, ele procurava
equilibrar-se entre várias tendências políticas, umas mais identificadas com a
alta burguesia e outras mais próximas das aspirações das camadas populares.
Robespierre
conseguiu algumas realizações significativas, principalmente no setor militar:
o exército francês conseguiu repelir o ataque de forças estrangeiras.
Durante o governo
dele vigorou a nova Constituição da República (1793) que assegurava ao povo:
- Direito ao voto
- Direito de rebelião
- Direito ao trabalho e a subsistência
- Continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos.
- Direito de rebelião
- Direito ao trabalho e a subsistência
- Continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos.
Quando as tensões
decorrentes da ameaça estrangeira diminuiram, os girondinos e o grupo da
planície uniram-se contra Robespierre que sem o apoio popular foi preso e
guilhotinado em 1794.
Após a sua morte,
a Convenção Nacional foi controlada por políticos que representavam os interesses
da alta burguesia. Com nova orientação política, essa convenção decidiu
elaborar outra constituição para a França.
A nova
constituição estabelecia a continuidade do regime republicano que seria
controlado pelo Diretório (1795 - 1799). Neste período houve várias tentativas
para controlar o descontentamento popular e afirmar o controle político da
burguesia sobre o país.
Durante este
período, a França voltou a receber ameaças das nações absolutistas vizinhas
agravando a situação.
Nessa época, Napoleão Bonaparte ganhou prestígio como
militar e com o apoio da burguesia e do exército, provocou um golpe.
Em 10/11/1799,
Napoleão dissolveu o diretório e estabeleceu um novo governo chamado Consulado.
Esse episódio ficou conhecido como 18 Brumário.
Com isso ele
consolidava as conquistas da burguesia dando um fim para a revolução.
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