DISCIPLINA: HISTÓRIA
PROFESSOR: MÁRCIO RUBENS*
TURMAS: MANHÃ, TARDE E NOITE –
2013 / E.E.E.M. SÃO JOSÉ
TURMAS: 1° ANO
Os primeiros povos
da América e os índios do Brasil
Muito antes da chegada de Cristóvão Colombo, a América já era ocupada
por vários povos, que viviam de variadas formas, as quais iam da
organização tribal - como os povos que habitavam a região onde hoje é o
Brasil – até vastos impérios, como era o caso dos astecas, que se localizavam
na região conhecida como Mesomérica. Muitas dessas civilizações desapareceram
em conseqüência da colonização, que se iniciou no final do século XV, mas
deixaram heranças históricas que marcaram o nosso continente até os dias de
hoje.
Os astecas e os maias conheciam a escrita e registravam regularmente o
seu cotidiano. Os incas, por sua vez, criaram um interessante e eficiente
sistema de contagem: o quipo. Este instrumento era feito de cordões coloridos,
onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e
somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento,
este povo não desenvolveu um sistema de escrita.
Infelizmente, grande parte dos documentos produzidos antes de
1492, que poderiam nos revelar muitos aspectos do seu modo de vida, foi
destruída pelos conquistadores e em seu lugar ficaram relatos feitos pelos
europeus, que, em sua grande maioria, viam a cultura americana como
inferior à europeia. Na atualidade, a arqueologia tem feito várias
descobertas que permitem elucidar um pouco mais a cultura dos
primeiros habitantes da América.
A agricultura na América Pré-Colombiana
O desenvolvimento da agricultura das sociedades Pré-Colombianas pode se
comparar ao europeu, pois esta era desenvolvida há mais de 7000 anos, baseada
nas culturas de milho, abóbora e feijão, todos naturais da América, além da
mandioca, que era plantada nas áreas de floresta tropical. O desenvolvimento de
outras culturas além destas foi limitado, pois poucos eram os animais
domesticáveis e que se prestavam ao trabalho.
Astecas
O povo
asteca foi uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que se desenvolveu
principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao
atual México. Era um povo guerreiro. Fundaram no século XIV a importante cidade
de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do
lago Texcoco. A sociedade asteca era hierarquizada e rigidamente dividida. Era
comandada por um imperador, chefe do exército. Desenvolveram muito as técnicas
agrícolas e construíram obras de drenagem. O artesanato deste povo era
riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e
artigos com pinturas. Ficaram conhecidos como um povo guerreiro.
A
sociedade era hierarquizada e rigorosamente dividida. Era liderada por um
imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e
chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham
grande parte da população. Esta camada mais inferior da sociedade era coagida a
exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para
trabalhos em obras públicas como canais de irrigação, estradas, templos,
pirâmides, entre outros.
Durante o
governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca
chegou a ser formado por quase 500 cidades e estas pagavam altos impostos para
o imperador. O império asteca começou a ser arrasado em 1519 a partir das
invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e se apropriaram de
grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda
escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da
região.
Os astecas
desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as
chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate,
cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este
povo.
O
artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de
ouro e prata e artigos com pinturas. A religião era politeísta, pois cultuavam
diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa
representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por
desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos
astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.
Na
arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e
sacrifícios humanos. Estes eram realizados em datas específicas em homenagem
aos deuses. Acreditavam que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais
calmos e felizes.
A religião
Eram
politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o sangue humano
não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo deixaria de funcionar.
Sacrifícios
feitos:
Dedicado a
Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por
quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o coração do
guerreiro vivo para alimentar seu deus;
Dedicado a
Tlaloc: anualmente eram sacrificados crianças no cume da montanha.
Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o deus
proveria.
No seu
panteão havia centenas de deuses. Os principais eram vinculados ao ciclo solar
e à atividade agrícola. Observações astronômicas estudo dos calendários fazia
parte do conhecimento dos sacerdotes. O deus mais venerado era Quetzalcóatl, a
serpente emplumada. Os sacerdotes eram um poderoso grupo social, encarregado de
orientar a educação dos nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias
rituais. A religiosidade asteca incluía a prática de sacrifícios. Segundo o
divulgado pelos conquistadores o derramamento de sangue e a oferenda do coração
de animais e de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os
deuses, contudo se considerarmos a relação da religião com a medicina
encontraremos um sem número de ritos. Há referências a um deus sem face, invisível
e impalpável, desprovido de história mítica para quem o rei de Texoco,
Nezaucoyoatl mandou fazer um templo sem ídolos, apenas uma torre. Esse rei o
definia como "aquele, graças a quem nós vivemos".
A medicina
As
contribuições da antropologia médica situam o conhecimento mítico religioso
como formas de racionalidade médica se constitui como um sistema lógico e
teoricamente estruturado, que tenha como condição necessária e suficiente para
ser considerado como tal, a presença dos seguintes elementos:
1. Uma morfologia (concepção anatômica);
2. Uma dinâmica vital ( "fisiologia") ;
3. Um sistema de diagnósticos;
4. Um sistema de intervenções terapêuticas;
5. Uma doutrina médica (cosmologia).
1. Uma morfologia (concepção anatômica);
2. Uma dinâmica vital ( "fisiologia") ;
3. Um sistema de diagnósticos;
4. Um sistema de intervenções terapêuticas;
5. Uma doutrina médica (cosmologia).
Pelo menos
parcialmente preenche tais requisitos. Apresenta-se como teoricamente
estruturado, com formação específica (o aprendizado das diversas funções da
classe sacerdotal), o relativo conhecimento de anatomia (comparado com sistemas
etnomédicos de índios dos desertos americanos ou florestas tropicais) em função,
talvez, da prática de sacrifícios humanos, mas não necessariamente dependente
dessa condição. Há evidências que soldavam fraturas e punham talas em ossos
quebrados.
A dinâmica
vital da relação tonal (tonalli)
– nagual (naualli)
ou explicações do efeito de plantas medicinais são pouco conhecidos contudo o
sistema de intervenções terapêuticas através de plantas medicinais, dietas,
ritos são evidentes. A doutrina médica tradicional por sua vez, também não é
bem conhecida.
No sistema
diagnóstico encontramos quatro causas básicas: Introdução de corpo estranho por
feitiçaria; Agressões sofridas ao duplo (nagual);
Agressões ou perda do tonal; e influências nefastas de espíritos (ares).
Em relação
a esse conjunto de patologias, os deuses representavam simultaneamente uma
categoria de análise de causa e possibilidade de intervenção por sua
intercessão. Tlaloc estava associado aos ares e doenças do frio e da pele
(úlceras, lepra) e hidropsia; Ciuapipiltin às convulsões e paralisia;
Tlazolteotl às doenças do amor que inclusive causavam a morte (tlazolmiquiztli );
Ixtlilton curava as crianças; Lume, ajudava as parturientes; Xipe Totec era o
responsável pelas oftalmias.
Plantas
& Técnicas
O tabaco e
o incenso vegetal (copalli)
estavam presentes em suas práticas. Seus ticitl
(médicos feiticeiros) em nome dos Deuses realizavam ritos de cura com plantas
que contém substâncias psicodélicas (Lophophora
willamsii ou peiote; Psylocybe
mexicana, Stropharia
cubensis - cogumelos com psilocibina; Ipomoea violacea e Rivea coribosa - oololiuhqui) que ensinam à
causa das doenças, mostram a presença de tonal (tonalli), e sofrimentos
infligidos ao duplo animal ou nagual (naualli)
os casos de enfeitiçamento ou castigo dos deuses.
Entre os
remédios mais conhecidos estava a alimentação dos doentes com dietas a base de
milho, passiflora
(quanenepilli),
o bálsamo do peru, a raiz de jalapa, a salsaparrilha (iztacpatli / psoralea) a valeriana
entre centenas de outras registradas em códices escritos dos quais nos sobraram
fragmentos.
Imperadores
Itzcoatl
(1427-1439)
Montezuma
I (1440-1468)
Axayacatl
(1469-1485)
Ahuizotl
(1486-1502)
Montezuma
II (1503-1520)
Cuauhtémoc
(1520-1521)
Cidades
históricas
Tenochtitlán
Coatepec
Chapultepec
Itzapalapa
Iztapam
Tlacopán
Coyotepec
Escrita asteca
A origem
do sistema não é claro, mas pensa-se que deriva da Escrita Zapoteca.
A escrita
asteca não era escrita de qualquer forma particular, e os glifos não eram
escritos linearmente, mas arranjadas ideograficamente para representar uma cena
ou uma composição maior. Na parte de baixo da figura estaria o solo, e na parte
de cima o céu. A figura não era para ser lida, mas "decifrada". Não
há regras ou glifos: cada escriba criava suas próprias representações das
idéias que ele desejava transmitir.
MAIAS
A
civilização maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala,
Honduras e Península de Yucatán (sul do atual México).
Os povos
maias constituem um conjunto diverso de povos nativos americanos do sul do
México e da América Central setentrional. O termo maia é abrangente e ao mesmo
tempo uma designação coletiva conveniente que inclui os povos da região que
partilham de alguma forma uma herança cultural e lingüística; porém, esta
designação abarca muitas populações, sociedades e grupos étnicos diferentes, cada
um com as suas tradições particulares, culturas e identidade histórica.
Estima-se
que no início do século XXI esta região seja habitada por 6 milhões de maias.
Alguns encontram-se bastante integrados nas culturas modernas dos países em que
residem, outros continuam a seguir um modo de vida mais tradicional e
culturalmente distinto, muitas vezes falando uma das línguas maias como
primeiro idioma.
As maiores
populações de maias contemporâneos encontram-se nos estados mexicanos de
Yucatán, Campeche, Quintana Roo e Chiapas, e nos países da América Central
Belize, Guatemala, e nas regiões ocidentais de Honduras e El Salvador.
Nunca
chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio
de outros povos vizinhos. As cidades formavam o núcleo de decisões e práticas
políticas e religiosas da civilização e eram governadas por um estado
teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses no
Planeta Terra. A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real),
sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e
administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que
formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das
camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.
A economia
era baseada na agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas
técnicas de irrigação do solo eram muito avançadas para a época. Praticavam o
comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram
pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço arquitetônico. O
artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e
roupas.
A religião
deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à
natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia
com exatidão os 365 dias do ano.
Assim como
os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos).
Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e
outros dados importantes.
Desenvolveram
muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor
zero.
Calendário Maia: exemplo da cultura
maia
O IMPÉRIO INCA
O Império
Inca foi um Estado-nação que existiu na América do Sul de cerca de 1200 até à
invasão dos conquistadores espanhóis e a execução do Imperador Inca Atahualpa,
em 1533. O império, apesar de composto por diverso grupos étnicos, era
comandado por uma elite política e social formada por incas.
Em sua
extensão máxima, o império incluía regiões desde o extremo norte como o Equador
e o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o
norte do Chile. A capital do império era a atual cidade de Cusco (em quíchua,
"Umbigo do Mundo"). O império abrangia diversas nações e mais de 700
idiomas diferentes, sendo o mais falado deles o quíchua.
O Império
Inca é considerado como a etapa em que a civilização incaica alcançou seu maior
nível de organização e se consolidou como o estado pré-hispânico de maior
extensão na América.
Expansão do Império
Inca
O imperador
Pachacuti foi o homem mais poderoso da antiga América já que enviou várias
expedições para conquista de terras. Quando os oponentes se rendiam eram bem
tratados mas quando resistiam havia pouca clemência. Com as conquistas,
Pachacuti acrescentava não apenas mais terras ao seu domínio como guerreiros
sob seu comando. Sendo talentoso diplomata, antes das invasões, Pachacuti
enviava mensageiros para expor as vantagens de os povos conquistados se unirem
pacificamente ao império Inca. O acordo proposto era de que, se os dominados
cedessem suas terras, manteriam um controle local exercido pelos dignitários
locais que seriam tratados como nobres do Império e os seus filhos seriam
educados em troca da integração ao Império e plena obediência ao Inca.
Os incas
tinham um exército muito bem treinado e organizado. Quando os incas
conquistavam um lugar, o povo era submetido a tributação pela qual prestavam
serviços designados pelos conquistadores. Os incas encorajavam as pessoas a se
juntarem ao Império e quando isto ocorria eram sempre bem tratadas. Serviços
postais eram então estabelecidos por mensageiros (chasquis) que entregavam mensagens oficiais
entre as maiores cidades. Notícias também eram veiculadas pelo sistema Chasqui na velocidade de
125 milhas por dia. Os incas também promoviam a mudança de populações
conquistadas como parte da criação a "Rodovia Inca", que foi
idealizada para ser usada nas guerras, para o transporte de bens e outros
propósitos. Esta troca de populações (manay)
acabou promovendo a troca de informações e propagação da cultura Inca. Todo o
Império Inca foi unido por excelentes estradas e pontes. Sua extensão máxima
era de 4.500 km de comprimento por 400 km de largura, o que dava 1,800,000 km²
de extensão.
O período
de máxima expansão do Império Inca ocorre a partir do ano 1450 quando chegou a
cobrir a região andina do Equador ao centro do Chile, com mais de 3000
quilômetros de extensão.
Religião
Os incas
construíram diversos tipos de casas consagradas às suas divindades. Alguns dos
mais famosos são o Templo do Sol em Cusco, o templo de Vilkike, o templo do
Aconcágua (a montanha mais alta da América do Sul) e o Templo do Sol no Lago
Titicaca. O Templo do Sol, em Cusco, foi construído com pedras encaixadas de
forma fascinante. Esta construção tinha uma circunferência de mais de 360
metros. Dentro do templo havia uma grande imagem do sol. Em algumas partes do
templo havia incrustações douradas representando espigas de milho, lhamas e
punhados de terra. Porções das terras incas eram dedicadas ao deus do sol e
administradas por sacerdotes.
Os
sumo-sacerdotes eram chamados Huillca-Humu,
viviam uma vida reclusa e monástica e profetizavam utilizando uma planta
sagrada chamada huillca
ou vilca (Acácia cebil) com a qual
preparavam uma chicha de propriedades enteógenas que era bebida na "Festa
do Sol", Inti Raymi.
A palavra quíchua Huillca
significa, simplesmente, algo "santo", "sagrado".
Lugares sagrados
A religião
era dualista, constituída de forças do bem e do mal. O bem era representado por
tudo aquilo que era importante para o homem como a chuva e a luz do Sol, e o
mal, por forças negativas, como a seca e a guerra.
Os huacas, ou lugares
sagrados, estavam espalhados pelo território inca. Huacas eram entidades divinas que viviam em
objetos naturais como montanhas, rochas e riachos. Líderes espirituais de uma
comunidade usavam rezas e oferendas para se comunicar com um huaca para pedir conselho
ou ajuda.
Sacrifícios
Os incas
ofereciam sacrifícios tanto humanos como de animais nas ocasiões mais
importantes, maioria das vezes em rituais ao nascer do sol. Grandes ocasiões,
como nas sucessões imperiais, exigiam grandes sacrifícios que poderiam incluir
até duzentas crianças. Não raro as mulheres a serviço dos templos eram
sacrificadas, mas a maioria das vezes os sacrifícios humanos eram impostos a
grupos recentemente conquistados ou derrotados em guerra, como tributo à
dominação. As vítimas sacrificiais deviam ser fisicamente íntegras, sem marcas
ou lesões e preferencialmente jovens e belas.
De acordo
com uma lenda, uma menina de dez anos de idade chamada Tanta Carhua foi escolhida
pelo seu pai para ser sacrificada ao imperador inca. A criança, supostamente
perfeita fisicamente, foi enviada a Cusco onde foi recebida com festas e
honrarias para homenagear-lhe a coragem e depois foi enterrada viva em uma
tumba nas montanhas andinas. Esta lenda prescreve que as vítimas sacrificiais
deveriam ser perfeitas, e que havia grande honra em conhecerem e serem
escolhidas pelo imperador, tornando-se, depois da morte, espíritos com caráter
divino que passariam a oficiar junto aos sacerdotes. Antes do sacrifício, os
sacerdotes adornavam ricamente as vítimas e davam a ela uma bebida chamada chicha, que é um
fermentado de milho, até hoje apreciada.
Festivais
Os incas
tinham um calendário de trinta dias, no qual cada mês tinha o seu próprio
festival.
Os meses e celebrações do calendário são os seguintes:
Os meses e celebrações do calendário são os seguintes:
Mês Gregoriano |
Mês
Inca
|
Tradução
|
Janeiro
|
Huchuy
Pacoy
|
Pequena
colheita
|
Fevereiro
|
Hatun
Pocoy
|
Grande
colheita
|
Março
|
Pawqar
Waraq
|
Ramo de
flores
|
Abril
|
Ayriwa
|
Dança do
milho jovem
|
Maio
|
Aymuray
|
Canção
da colheita
|
Junho
|
Inti
Raymi
|
Festival
do Sol
|
Julho
|
Anta
Situwa
|
Purificação
terrena
|
Agosto
|
Qapaq
Situwa
|
Sacrifício
de purificação geral
|
Setembro
|
Qaya
Raymi
|
Festival
da rainha
|
Outubro
|
Uma
Raymi
|
Festival
da água
|
Novembro
|
Ayamarqa
|
Procissão
dos mortos
|
Dezembro
|
Qapaq
Raymi
|
Festival
magnífico
|
Costumes funerários
Os incas
acreditavam na reencarnação. Aqueles que obedeciam à regra, ama sua, ama llulla, ama chella
(não roube, não minta e não seja preguiçoso), quando morressem iriam viver ao
calor do sol enquanto os desobedientes passariam os dias eternamente na terra
fria.
Os incas
também praticavam o processo de mumificação, especialmente das pessoas
falecidas mais proeminentes. Junto às múmias era enterrado uma grande
quantidade de objetos do gosto ou utilidade do morto. De suas sepulturas,
acreditavam, as múmias mallqui
poderiam conversar com ancestrais ou outros espíritos huacas daquela região. As
múmias, por vezes eram chamadas a testemunhar fatos importantes e presidir a
vários rituais e celebrações. Normalmente o defunto era enterrado sentado.
Organização
econômica do Império Inca
O Império
Inca tinha uma organização econômica de caráter próximo ao modo de produção
asiático, na qual todos os níveis da sociedade pagavam tributos ao imperador,
conhecido como O Inca.
O Inca era
divinizado sendo carregado em liteiras com grande pompa e estilo. Usava roupas,
cocares e adornos especiais que demonstravam sua superioridade e poder. Ele
reivindicava seu poder dizendo-se descendente de deuses (origem divina do poder
real). Abaixo d'O Inca
havia quatro principais classes de cidadãos.
A primeira
era a família real, nobres, líderes militares e líderes religiosos. Estas pessoas
controlavam o Império Inca e muitos viviam em Cusco. A seguir, estavam os
governadores das quatro províncias em que o Império Inca era dividido. Eles
tinham muito poder pois organizavam as tropas, coletavam os tributos
cabendo-lhes impor a lei e estabelecer a ordem. Abaixo dos governadores estavam
os oficiais militares locais, responsáveis pelos julgamentos menos importantes
e a resolução de pequenas disputas podendo inclusive atribuir castigos. Mais
abaixo estavam os camponeses que eram a maioria da população.
Entre os
camponeses, a estrutura básica da organização territorial era o ayllu. O ayllu era uma comunidade
aldeã composta por diversas famílias cujos membros consideravam possuir um
antepassado comum (real ou fictício). A cada ayllu
correspondia um determinado território. O kuraca
era o chefe do ayllu.
Cabia-lhe a distribuição das terras pelos membros da comunidade aptos para o
trabalho.
Havia três ordens de trabalhos agrícolas:
Havia três ordens de trabalhos agrícolas:
realizados
em benefício do Inca e da família real;
destinados
à subsistência da família, realizados no pedaço de terra que lhe cabia;
realizados
no seio da comunidade aldeã, para responder às necessidades dos mais
desfavorecidos.
De fato, o
sistema de ajuda entre as famílias estava muito desenvolvido. Para além das
terras coletivas, havia reservas destinadas a minorar as carências em tempos de
fome ou a serem usadas sempre que a aldeia era visitada por uma delegação do
Inca.
Outro dos
deveres de cada membro da comunidade consistia em colaborar nos trabalhos
coletivos, como por exemplo, a manutenção dos canais de irrigação.
Os nobres
foram chamados pelos espanhóis de "orelhões", devido à impressão que
tiveram de suas enormes orelhas, aumentadas pelos grandes pendentes que usavam.
Os "orelhões" eram educados em escolas especiais durante quatro anos.
Eles estudavam a língua quíchua, religião, quipus, história, geometria,
geografia e astronomia. Ao terminar os estudos, eles se graduavam em uma
cerimônia solene, onde demonstravam sua preparação passando em algumas provas.
Eles se
vestiam de branco e se reuniam na Praça de Cusco. Todos os candidatos tinham o
cabelo cortado e levavam na cabeça um llauto negro com plumas. Depois de
rezarem ao sol, lua e ao trovão, eles subiam a colina de Huanacaui, onde
ficavam em jejum, participavam de competições e dançavam.
Mais
tarde, o Inca lhes entregava umas calças justas, um diadema de plumas e um
peitoral de metal. Finalmente ele perfurava a orelha de cada um pessoalmente
com uma agulha de ouro, para que pudessem usar seus pendentes característicos,
próprios de sua categoria.
Os
"orelhões" tinham vários privilégios, entre eles a posse de terras e
a poligamia. Eles recebiam presentes do monarca, tais como mulheres, lhamas,
objetos preciosos, permissão para usar liteiras ou trono.
Eles
constituíam os funcionários do Império. Em primeiro lugar estavam os quatro
apu, ou administradores das quatro partes do Império que assessoravam
diretamente o Imperador. Abaixo deles estavam os tucricues, ou governadores das
províncias que residiam em suas capitais, e eram periodicamente inspecionadas.
Os incas
incumbiam os dominados do trabalho que cada um deveria executar, o quanto e
qual terra poderiam cultivar e quão longe poderiam viajar. Depois de se adaptar
a tais regras, eram bem vistos pelos dominadores.
Se um inca
era acusado de furto mas isto não era provado, o próprio oficial local
incumbido de manter a ordem era punido por não fazer seu trabalho corretamente.
Inválidos
e incapazes eram auxiliados a prover sua subsistência com trabalho. Às mulheres
casadas eram distribuídas meadas de lã para confecção de roupas.
Todos os
incas eram obrigados a trabalhar para o Império e para os seus deuses
domésticos (mita).
Os incas
não tinham liberdade de viajar e os filhos sempre tinham de seguir o ofício dos
pais. O Império Inca foi dividido em quatro partes. Todas as atividades dos
habitantes eram supervisionadas pelos funcionários do Império.
Moeda
Os incas
não usavam dinheiro propriamente dito. Eles faziam trocas ou escambos nos quais
mercadorias eram trocadas por outras e mesmo o trabalho era remunerado com
mercadorias e comida. Serviam como moedas sementes de cacau e também conchas
coloridas, que eram consideradas de grande valor.
Agricultura
No apogeu
de civilização inca, cerca de 1400, a agricultura organizada espalhou-se por
todo o império, desde a Colômbia até o Chile, com o cultivo de grãos
comestíveis da planície litorânea do pacífico, passando pelos altiplanos
andinos e adentrando na planície amazônica oriental.
Calcula-se
que os incas cultivavam cerca de setecentas espécies vegetais. A chave do
sucesso da agricultura inca era a existência de estradas e trilhas que
possibilitavam uma boa distribuição das colheitas numa vasta região.
As
principais culturas vegetais eram as batatas (semilha), batatas doce (batatas),
milho, pimentas, algodão, tomates, amendoim, mandioca, e um grão conhecido como
quinua.
O plantio
era feito em terraços e já usavam a adiantada técnica das curvas de nível sendo
os primeiros a usar o sistema de irrigação.
Os incas
usavam varas afiadas e arados para revolver o solo, e usavam também a lhama
para transporte das colheitas, embora tais animais fornecessem também lã para
fazer tecidos, mantas e cordas, couro e carne.
Ervas
aromáticas e medicinais também eram plantadas e as folhas de coca, eram
reservadas para a elite. Toda a produção agrícola era fiscalizada pelos
funcionários do império.
Caça
Os incas
usavam o arco de flechas e zarabatanas para caçar animais como cervos, aves e
peixes que lhes forneciam carne, couro e plumas que usavam em seus tecidos. A
caça era coletiva e o método mais usual era de formar um grande círculo que ia
se fechando sobre um centro para onde iam os animais.
Aspectos
sociais
A Infância
A infância
de um inca pode parecer severa para os padrões atuais. Ao nascer, os incas
lavavam o bebê com água fria e o embrulhavam numa manta e o colocavam em cova
cavada no chão. Quando a criança alcançava um ano de idade, se esperava que
andasse ou ao menos engatinhasse sem qualquer ajuda. Aos dois anos de idade, as
crianças eram submetidas a ritual no qual se lhes cortavam os cabelos,
determinando assim o fim da infância. Desde então, os pais esperavam que os
filhos ajudassem em tarefas ao redor da casa. A partir daí as crianças eram
severamente castigadas quando se portavam mal. Aos quatorze anos os meninos
eram vestidos com uma tanga sendo então declarados adultos. Os meninos mais
pobres eram submetidos a vários testes de resistência e de conhecimento, ao fim
dos quais lhes eram atribuídos adornos (brincos) coloridos e armas. As cores
dos brincos determinavam o lugar hierárquico que ocupariam na sociedade.
Cultura
Os
quipus
Se bem que
o império fosse muito centralizado e extremamente estruturado – e até, pode
dizer-se, burocrático –, não havia um sistema de escrita. Para gerir o império
eram utilizados os quipus,
cordões de lã ou outro material onde são codificadas mensagens.
Destinavam-se
os quipus a
manterem estatísticas permanentemente atualizadas. Regularmente procedia-se a
recenseamentos da população extremamente completos (por exemplo, número de
habitantes por idade e sexo). Registrava-se ainda o número de cabeças de gado,
os tributos pagos ou devidos aos diversos povos, o conjunto de entradas e
saídas dos armazéns estatais, etc. Mediante os registros procurava-se equilibrar
a oferta e a procura, numa tentativa de planificação da economia.
Mais
concretamente, o quipu
é constituído por um cordão a que se liga a cordões menores de diferentes
cores, tanto paralelamente como partindo de um ponto comum. Os números eram
dados pelos nós e as significações pelas cores.
Os nós das
extremidades inferiores representam as unidades. Acima ficam as dezenas, mais
acima as centenas e, por último, os milhares e as dezenas de milhar.
Saliente-se que, para além de utilizarem o sistema decimal, os índios
conceberam o equivalente do zero: um intervalo maior entre os nós, ou seja, um
sítio vazio. Ignora-se o significado dos nós complexos, porventura reservados
aos múltiplos.
Quanto às
cores, indicavam os significados ou qualidades. Mas como o número de cores e
seus matizes são limitados, muito inferior ao número de objetos a recensear, o
significado das cores variava de acordo com a significação geral do quipu. Era, pois
necessário conhecer a significação geral do quipu
para se poder interpretá-lo. Por exemplo: o amarelo referia-se ao ouro nas
estatísticas referentes aos despojos de guerra e ao milho nas referentes à
produção.
A fim de
facilitar a leitura, as pessoas e coisas eram dispostas de acordo com uma
hierarquia imutável. Assim, nos quipus
demográficos, os homens ocupavam o primeiro lugar, seguidos das mulheres e, por
fim, das crianças. Nos recenseamentos de armas a ordem era a seguinte: lanças,
flechas, arcos, zagaias, clavas, achas e fundas.
A ausência
de cordão secundário ao longo do principal, assim como a falta de uma cor,
possuía determinado significado, exatamente como acontecia com a ausência de nó
no cordão (zero).
Os
intérpretes dos quipus,
os quipucamayucs
(ou seja, "guardiões dos quipus"), possuíam uma excelente memória,
cuja fidelidade era assegurada por um processo radical: qualquer erro ou
omissão era punido com a pena de morte. Cada quipucamayuc
especializava-se na leitura de determinada categoria de cordões: religiosos,
militares, econômicos, demográficos, etc. Cabia-lhes igualmente instruir os
seus filhos, para que estes mais tarde lhes sucedessem.
Para
melhor fixar as narrativas, o quipucamayuc
cantava-as, como uma melopéia.
Os quipus serviam ainda para
o registro de fatos históricos e ritos mágicos. No entanto, ao contrário dos
estatísticos, estes quipus
ainda não foram decifrados.
Medicina
Os incas
fizeram muitas descobertas farmacológicas. Usavam o quinino no tratamento da
malária com grande sucesso. As folhas da coca eram usadas de modo geral como
analgésicos, e para minorar a fome, embora os mensageiros Chasqui as usassem para
obter energia extra. Outra terapia comum e eficiente era o banho de ferimentos
com uma cocção de casca de pimenteiras ainda mornas.
Música
Os incas
tocavam música em tambores e instrumentos de sopro que incluem as flautas,
flauta de pan, quena e trombetas feitas de conchas marinhas ou de cerâmica.
Arte e
artesanato
Os incas
produziam artefatos destinados ao uso diário ornados com imagens e detalhes de
deuses. Era comum na cultura inca o uso de formas geométricas abstratas e
representação de animais altamente estilizados no feitio de cerâmicas,
esculturas de madeira, tecidos e objetos de metal. Eles produziam belos objetos
de ouro e as mulheres produziam tecidos finos com desenhos surpreendentes.
Culinária
A comida
inca consistia principalmente de vegetais, pães, bolos e mingaus de cereais
(notadamente de milho ou aveia), e carne (assados ou guisados), comumente de
caititus (porcos selvagens) e de lhama. Apesar da dieta dos incas ser muito
variada, havia muitas diferenças entre os alimentos consumidos pelos diversos
setores da sociedade.
A gente do
povo só comia duas refeições por dia. O prato comum dos Andes era o chuño, ou farinha de
batata desidratada. Adicionava-se água, pimentão ou pimenta, e sal para então
servir. Eles também preparavam o locro
com carne seca ou cozida, com muito pimentão, pimenta, batatas e feijão. Eles
comiam ainda grandes quantidades de frutas, como a pêra picada ou o tarwi. O milho era
bastante consumido e era preparado fervido ou torrado.
Os nobres
e a família real se alimentavam muito melhor do que o povo. Na mesa do Inca não
podia faltar carne, mas era escassa para o povo. Ele comia carne de lhama, de
vicunha, patos selvagens, perdizes da puna, rãs, caracóis e peixe.
A refeição
começava com frutas. Depois vinham as iguarias, apresentadas sobre uma esteira
de juncos trançados eram estendidos no solo. O Inca se acomodava em seu assento
de madeira, coberto com uma tela fina de lã e indicava o que lhe agradava. Daí,
uma das mulheres de seu séqüito o servia em um prato de barro ou de metal
precioso, que segurava entre suas mãos enquanto o Inca comia. As sobras e tudo
que o Inca havia tocado, devia ser guardado em um cofre e queimado logo depois,
dispersando as cinzas.
Vestuário
O homem
inca usava uma túnica sem mangas que descia à altura do joelho e às vezes uma
pequena capa. A mulher inca tinha diversas roupas que a cobriam integralmente e
frequentemente usavam sandálias de couro. Nas estações mais frias todos usavam
longos mantos de lã sobre os ombros presos por alfinetes na frente.
Os incas
gostavam de se adornar. Quanto mais ricos e elaborados os tecidos mais
dispendiosos e caros, e acabavam por demonstrar o nível social do usuário.
Os incas
usavam seus gorros de lã com cores tribais que designavam-lhes as origens.
Os homens
incas usavam muito mais jóias que as mulheres. Os mais ricos usavam pulseiras
de ouro e brincos enormes, quanto maior o brinco mais importante era a pessoa
que o usava. Os guerreiros usavam colares feitos com os dentes de suas vítimas.
A conquista espanhola
Quando
Huayna Capac se tornou o imperador inca, houve uma guerra de sucessão que
algumas fontes sustentam que durou cerca de doze anos. A causa alegada da
guerra é que Huayna fora muito cruel com o povo.
Rumores se
espalharam pelo Império Inca como fogo sobre um estranho 'homem barbado' que
'vivia numa casa no mar' e tinha 'raios e trovões em suas mãos'. Este homem
estranho começava a matar muitos dos soldados incas com doenças que trouxera.
Quando
Huayna Capac morreu, o império estava desgastado e ocorreu uma disputa entre
seus dois filhos. Cuzco, que era a capital, havia sido dada para o suposto novo
imperador Huascar, que foi considerado como pessoa horrível, violento e quase
louco atribuindo-se a ele o assassinato da própria mãe e da sua irmã que
forçara a desposá-lo.
Atahualpa
reivindicava ser o filho favorito de Huayna Capac, posto que a ele fora dado o
território ao norte de Quito (cidade moderna do Equador) razão porque Huascar
teria ficado muito bravo.
A guerra civil de sucessão se travou entre os dois irmãos, chamada Guerra dos Dois Irmãos, na qual pereceram cerca de cem mil pessoas.
A guerra civil de sucessão se travou entre os dois irmãos, chamada Guerra dos Dois Irmãos, na qual pereceram cerca de cem mil pessoas.
Depois de
muita luta, Atahualpa derrotou Huascar e então, conta-se, era Atahualpa que
estava enlouquecido e violento, tratando os perdedores de forma horrível.
Muitos foram apedrejados (nas costas) de forma a ficarem incapacitados,
nascituros eram arrancados dos ventres das mães, aproximadamente 1500 membros
da família real, incluindo os filhos de Huascar foram decapitados e tiveram
seus corpos pendurados em estacas para exibição. Os plebeus foram torturados.
Atahualpa
pagou um terrível preço para tornar-se imperador. Seu império estava agora
abalado e debilitado. Foi neste momento crítico que o 'homem barbado' e seus
estranhos chegaram, cena final do Império Inca.
Este homem
barbudo e estranho veio a ser Francisco Pizarro e seus espanhóis da
"Castilla de Oro" que capturaram Atahualpa e seus nobres em 16 de
novembro, do ano de 1532.
A verdadeira
conquista
Atahualpa
estava em viagem quando Francisco Pizarro e seus homens encontraram o seu
acampamento. Pizarro enviou um mensageiro a Atahualpa perguntando se podiam se
reunir. Atahualpa concordou e se dirigiu ao local onde supostamente iriam
conversar e quando lá chegou, o local parecia deserto. Um homem de Pizarro,
Vicente de Valverde interpelou Atahualpa para que ele e todos os incas se
convertessem ao cristianismo, e se ele recusasse, seria considerado um inimigo
da Igreja e de Espanha.
Como era
esperado, Atahualpa discordou, o que foi considerado razão suficiente para que
Francisco Pizarro atacasse os incas. O exército espanhol abriu fogo e matou os
soldados da comitiva de Atahualpa e, embora pretendesse matar o Inca,
aprisionou-o, pois tinha planos próprios.
Uma vez
feito prisioneiro, Atahualpa não foi maltratado pelos espanhóis, que permitiram
que ele ficasse em contacto com seu séquito. O imperador inca, que queria
libertar-se, fez um acordo com Pizarro. Concordou em encher um quarto com peças
de ouro e outro um com peças de prata em troca da sua liberdade. Pizzaro não
pretendia libertar Atahualpa mesmo depois de pago o resgate porque necessitava
de sua influência naquele momento para manter a ordem e não provocar uma reação
maior dos incas que acabavam de tomar conhecimento dos espanhóis.
Além
disto, Huáscar ainda estava vivo e Atahualpa, percebendo que ele poderia
representar um governo fantoche mais conveniente para a dominação por Pizarro,
ordenou a execução de Huáscar. Com isto, Pizarro sentiu a frustração de seus
planos e acusou Atahualpa de doze crimes, sendo os principais o assassínio de
Huáscar, prática de idolatria e conspiração contra o Reino de Espanha, sendo
julgado culpado por todos os crimes condenado a morrer queimado.
Já era
noite alta quando Francisco Pizarro decidiu executar Atahualpa. Depois de ser
conduzido ao lugar da execução, Atahualpa implorou pela sua vida. Valverde, o
padre que havia presidido o processo propôs que, se Atahualpa se convertesse ao
cristianismo, reduziria a sentença condenatória. Atahualpa concordou em ser
batizado e, em vez de ser queimado na fogueira, foi morto por estrangulamento
no dia 29 de agosto de 1533. Com a sua morte também acabava a "existência
independente de uma raça nobre".
A morte de
Atahualpa foi o começo do fim do Império Inca.
A
instabilidade ocorreu rapidamente. Francisco Pizarro nomeou Toparca, um irmão
de Atahualpa, como regente fantoche até a sua inesperada morte. A organização
inca então se esfacelou. Remotas partes do império se rebelaram e nalguns casos
formavam alianças com os espanhóis para combater os incas resistentes. As
terras e culturas foram negligenciadas e os incas experimentaram uma escassez
de alimentos que jamais tinham conhecido. Agora os incas já haviam aprendido
com os espanhóis, o valor do ouro e da prata e a utilidade que antes
desconheciam e passaram a pilhar, saquear e ocultar tais símbolos de riqueza e
poder. A proliferação de doenças comuns da Europa para as quais os incas não
tinham defesa se disseminaram e fizeram o seu papel no morticínio de centenas
de milhares de pessoas.
O ouro e a
prata tão ambicionados por Pizarro e os seus homens estava em todo o lugar e
nas mãos de muitas pessoas, subvertendo a economia com a enorme inflação. Um
bom cavalo passou a custar $7000 até que, por fim, os grãos e gêneros
alimentícios acabaram mais valiosos que o precioso ouro dos espanhóis. A grande
civilização inca, tal como conhecida, já não existia.
Após a conquista
espanhola
O Império
Inca foi derrubado por menos de duzentos homens e vinte e sete cavalos, mas
também por milhares de ameríndios que se juntaram às tropas espanholas por
descontentamento em relação ao tratamento dado pelo Império Inca. Francisco
Pizarro e os espanhóis que o seguiram oprimiram os incas tanto material como
culturalmente, não apenas explorando-os pelo sistema de trabalho de
"mitas" para extração da prata Potosí, como reprimindo as suas
antigas tradições e conhecimentos. No que se refere à agricultura, por exemplo,
o abandono da avançada técnica agrícola inca acabou instalando uma persistente
era de escassez de alimentos na região.
Uma parte
da herança cultural foi mantida, tratando-se das línguas quíchua e aimará, isto
porque a Igreja Católica escolheu estas línguas nativas como veículo da
evangelização dos incas, daí passarem a escrevê-las com caracteres latinos e
ensiná-las como jamais ocorrera no Império Inca, fixando-as como as línguas
mais faladas entre as dos ameríndios.
Mais
tarde, a exploração opressiva foi objeto de uma rebelião cujo líder Tupac Amaru
considerado o último inca, acabou inspirando o nome do movimento revolucionário
peruano do século XX, o MRTA, e o movimento uruguaio dos Tupamaros. A história de
planeamento econômico dos incas e boas doses de maoísmo são também a inspiração
revolucionária do atual movimento Sendero
Luminoso no Peru.
Os índios no Brasil
Historiadores
afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100
milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número
chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam
divididos em tribos, de acordo com o tronco lingüístico ao qual pertenciam:
tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto
Central), aruaques ou aruak (Amazônia) e caraíbas ou karib (Amazônia ).
Atualmente,
calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro,
principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São
cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais
como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que
muitas tribos perdessem sua identidade cultural.
A sociedade indígena
na época da chegada dos portugueses.
O primeiro
contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas
as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos
completamente distintos. Sabemos muito sobre os índios que viviam naquela
época, graças a Carta de Pero Vaz de Caminha (escrivão da expedição de Pedro
Álvares Cabral) e também aos documentos deixados pelos padres jesuítas.
Os
indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da
agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente
mandioca. Esta agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois
utilizavam a técnica da coivara (derrubada de mata e queimada para limpar o
solo para o plantio).
Os índios
domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e
capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é
relatado que os índios se espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com
uma galinha.
As tribos
indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e
religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras,
casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças
contra um inimigo comum.
Os índios
faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que
índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para
a sua sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas
habitações (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e
outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas
e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer
roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para
fazer pinturas no corpo.
A
organização social dos índios
Entre os
indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo
direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e
quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os
instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade
individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão
por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita
e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado:
caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.
A formação
social era bastante simples, as aldeias não tinham grandes concentrações
populacionais e as atividades eram exercidas de forma coletiva. O índio que
caçasse ou pescasse mais dividia seu alimento com os outros.
A
coletividade era uma característica marcante entre os índios. Suas cabanas eram
divididas entre vários casais e seus filhos, como não havia classes sociais,
até mesmo o chefe da tribo dividia sua cabana.
Duas
figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é
o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos
deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para
curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da
floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na
vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.
A educação
indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins,
aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos
fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o
índiozinho junto para que este aprender. Portanto a educação indígena é bem
pratica e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando atinge os 13
os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida
adulta.
Como
dissemos, os primeiros contatos foram de estranheza e de certa admiração e
respeito. Caminha relata a troca de sinais, presentes e informações. Quando os
portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar
muitos indígenas ou a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e
chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho.
O canto
que se segue foi muito prejudicial aos povos indígenas. Interessados nas
terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as
terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para
dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por
séculos, resultando no pequenos número de índios que temos hoje.
A visão
que o europeu tinha a respeito dos índios era eurocêntrica. Os portugueses
achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e
colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como
sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era
convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. Foi
assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua
identidade.
Rituais indígenas
Algumas
tribos eram canibais como, por exemplo, os tupinambás que habitavam o litoral
da região sudeste do Brasil. A antropofagia era praticada, pois acreditavam que
ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia
e conhecimentos. Desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou
covardes.
Religião
Cada nação
indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as
tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados.
Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era
o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo.
Algumas tribos colocavam os corpos dos índios em grandes vasos de cerâmica,
onde além do cadáver ficavam os seus objetos pessoais. Isto demonstra que estas
tribos acreditavam na vida após a morte.
Principais
etnias indígenas brasileiras na atualidade e população estimada
Ticuna
(35.000), Guarani (30.000), Caiagangue ou Caigangue (25.000), Macuxi (20.000),
Terena (16.000), Guajajara (14.000), Xavante (12.000), Ianomâmi (12.000),
Pataxó (9.700), Potiguara (7.700).
Fonte: Funai (Fundação Nacional do Índio).
Fonte: Funai (Fundação Nacional do Índio).
Localização
das tribos indígenas no território brasileiro
Povos Indígenas mais conhecidos do
Brasil
Aimoré: grupo não-tupi, também chamado de
botocudo, vivia do sul da Bahia ao norte do Espírito Santo. Grandes corredores
e guerreiros temíveis, foram os responsáveis pelo fracasso das capitanias de
Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo. Só foram vencidos no início do Século
XX.
Avá-Canoeiro: povo da família Tupi-Guarani que
vivia entre os rios Formoso e Javarés, em Goiás. Em 1973, foram pegos "a
laço" por uma equipe chefiada por Apoena Meireles, e transferidos para o
Parque Indígena do Araguaia (Ilha do Bananal) e colocados ao lado de seus
maiores inimigos históricos, os Javaé.
Bororós: também chamados Coroados ou Porrudos
e autodenominados Boe. Os Bororós Ocidentais, extintos no fim do século
passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde, no início do Séc. XVII,
os jesuítas espanh óis fundaram várias aldeias de missões. Muito amigáveis,
serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados
dos bandeirantes. Desapareceram como povo, tanto pelas moléstias contraídas,
quanto pelos casamentos com não-índios.
Caeté: os deglutidores do bispo Sardinha
viviam desde a Ilha de Itamaracá até as margens do Rio São Francisco. Depois de
comerem o bispo, foram considerados "inimigos da civilização". Em
1562, Men de Sá determinou que fossem "escravizados todos, sem
exceção".
Caiapós: explorando a riqueza existente nos
3,3 milhões de hectares de sua reserva no sul do Pará (especialmente o mogno e
o ouro), os caiapós viraram os índios mais ricos do Brasil. Movimentaram cerca
de U$$15 milhões por ano, derrubando, em média, 20 árvores de mogno por dia e extraindo
6 mil litros anuais de óleo de castanha. Quem iniciou a expansão capitalista
dos caiapós foi o controvertido cacique Tutu Pompo (morto em 1994). Para isso
destituiu o lendário Raoni e enfrentou a oposição de outro caiapó, Paulinho
Paiakan.
Carijó: seu território estendia-se de
Cananéia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS). Vistos como "o melhor gentio da
costa", foram receptivos à catequese. Isso não impediu sua escravização em
massa por parte dos colonos de São Vicente.
Goitacá: ocupavam a foz do Rio Paraíba. Tidos
como os índios mais selvagens e cruéis do Brasil, encheram os portugueses de
terror. Grandes canibais e intrépidos pescadores de tubarão. Eram cerca de 12
mil.
Ianomâmi: povo constituído por diversos grupos
cujas línguas pertencem à mesma família. Denominada anteriormente Xiriâna,
Xirianá e Waiká.
Características
das línguas e dos grupos indígenas que as falam.
Tupi: Os grupos indígenas de língua tupi
eram as tribos tamoio, guarani, tupiniquim, tabajara etc. Todas essas tribos se
encontravam na parte litorânea brasileira, foram os primeiros índios a ter
contato com os portugueses que aqui chegaram.
Essas
tribos eram especialistas em caça, eram ótimos pescadores, além de desenvolver
bem a coleta de frutos.
Macro-jê:Raramente eram encontrados no litoral,
com exceção de algumas tribos na serra do mar, eles eram encontrados
principalmente no planalto central, neste contexto destacavam-se as tribos ou
grupos: timbira, aimoré, goitacaz, carijó, carajá, bororó e botocudo.
Esses
grupos indígenas viviam nas proximidades das nascentes de córregos e rios,
viviam basicamente da coleta de frutos e raízes e da caça. Esses grupos só
vieram ter contato com os brancos no século XVII, quando os colonizadores adentraram
no interior do país.
Karib: Grupos indígenas que habitavam a região onde hoje compreende os estados do Amapá e Roraima, chamada também de baixo amazonas, as principais tribos são os atroari e vaimiri, esses eram muito agressivos e antropofágicos, isso significa que quando os índios derrotavam seus inimigos, eles os comiam acreditando que com isso poderiam absorver as qualidades daqueles que foram derrotados.
O contato dessas tribos com os brancos ocorreu no século XVII, com as missões religiosas e a dispersão do exército pelo território.
Aruak: Suas principais tribos eram aruã, pareci, cunibó, guaná e terena, estavam situados em algumas regiões da Amazônia e na ilha de Marajó, a principal atividade era os artesanatos cerâmicos.
Karib: Grupos indígenas que habitavam a região onde hoje compreende os estados do Amapá e Roraima, chamada também de baixo amazonas, as principais tribos são os atroari e vaimiri, esses eram muito agressivos e antropofágicos, isso significa que quando os índios derrotavam seus inimigos, eles os comiam acreditando que com isso poderiam absorver as qualidades daqueles que foram derrotados.
O contato dessas tribos com os brancos ocorreu no século XVII, com as missões religiosas e a dispersão do exército pelo território.
Aruak: Suas principais tribos eram aruã, pareci, cunibó, guaná e terena, estavam situados em algumas regiões da Amazônia e na ilha de Marajó, a principal atividade era os artesanatos cerâmicos.
Curiosidades
De acordo
com suas necessidades de sobrevivência, os índios produziam material de preparo
alimentício, caça, pesca, vestimenta, realizavam festas culturais e
comemorativas, construíam abrigo e transporte com materiais tirados da
natureza, sem prejudicá-la.
Os índios
produziam vários artesanatos, como:
Flecha e
arco para caça e pesca
Ralo para
ralar mandioca
Tipiti
para espremer a massa da mandioca
Balaios e
Urutus para guardar a massa, farinha, tapioca, beiju, frutas entre outros
Peneira
para peneirar a massa seca para fazer farinha e beiju, tapioca ou curadá
Cumatá
especial para tirar goma de massa
Abano para
virar e tirar o beiju do forno feito de argila
Bancos
Pilão para
moer a carne cozida, peixe moqueado, pimenta e outros sempre torrados
Pulseiras
Anéis de
caroço de tucumã
Cesto e
Peneira de cipó para carregar e guardar mantimento
Zarabatana
para caça especial de aves
Japurutu,
Cariçu e Flauta, instrumentos musicais entre outros cada um com seu específico
som harmonioso
Cerâmicas
para fazer pratos, panelas, botija de cerâmica para fabricação de bebidas alcoólicas
especiais e outros ornamentos para momentos de festas.
Legislação
A
Constituição Federal promulgada em 1988 é a primeira a trazer um capítulo sobre
os povos indígenas. Reconhece os "direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam". Eles não são proprietários dessas terras que
pertencem à União, mas têm garantido o usufruto das riquezas do solo e dos
rios.
A
diversidade étnica é reconhecida, bem como a necessidade de respeitá-la. É
revogada a disposição do Código Civil que considerava o índio um indivíduo
incapaz, que precisava da proteção do Estado até se integrar ao modo de vida do
restante da sociedade.
Fonte: http://www.sohistoria.com.br
Disponível no blog do
professor:
http://marciorubensgomes.blogspot.com.br/
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